texto base María Victória Carballo-Calero

María Victoria Carballo-Calero
1954. Carvalho Calero na feira de Castroncám. Arq. Fingoi

A dedicatória do Dia das Letras Galegas 2020 ao meu pai, Ricardo Carvalho Calero, decidida pola Real Academia Galega no passado mês de junho, é motivo de grande alegria para a sua família. Com esta homenagem reconhecem-se por fim os méritos de quem foi um dos principais intelectuais na configuraçom do sistema literário galego e um dos maiores teóricos de sempre da nossa língua.

Como é sabido, desde os anos 80 a Associaçom Galega da Língua (AGAL) converteu-se no principal apoio público das teses e da figura do meu pai. Foi este coletivo que apostou na publicaçom das suas obras num momento em que a maior parte das editoras do país lhe fechavam as portas, apoiando e amplificando a sua voz, dando-lhe projeçom pública num momento em que a situaçom de Carvalho se tornou difícil, podendo qualificar-se de ostracismo. O nomeamento do meu pai como membro de honra da entidade, assim como as múltiplas homenagens que tanto em vida como depois da sua morte desenvolveu a AGAL em apoio da sua figura convertem esta entidade num ator imprescindível para a comemoraçom do Dia das Letras, que está a estudar a colaboraçom em propostas conjuntas com a Real Academia Galega (RAG) e a Conselleria de Cultura da Xunta de Galicia. Nesse sentido, a família agradece e apoia o ambicioso programa que a AGAL propõe para celebrar e comemorar a sua figura, dando-lhe de novo umha presença pública e atualizando umha parte fundamental do seu legado que, sem o concurso desta entidade, ficaria silenciado. É por isto que queremos manifestar o nosso apoio público às propostas que a seguir se descrevem, solicitando a maior colaboraçom de instituiçons e entidades para as tornar realidade

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